sexta-feira, 8 de abril de 2011

DICAS PARA AS MULHERES COMPRAREM MELHOR NA INTERNET



Por Pedro Eugênio

Saber usar as ferramentas certas proporciona melhores compras e maior economia, especialmente para o público feminino

Famosas por exagerar na hora da compra e não controlar o orçamento, não há mulher que resista a um bom desconto. Nem todas sabem utilizar os meios corretos para conseguir aproveitar as milhares de ofertas disponíveis na internet. São tantos sites de compras coletivas, descontos e promoções, que descobrir qual deles é mais benéfico para compras pode se tornar uma tarefa confusa.

Procurar por palavras chaves é um bom começo para quem quer economizar. Buscar por: ofertas, descontos, promoções, compras coletivas, liquidações, saldão, limpa estoque, liquida, queima de estoque, super baixa, queda de preço, menor preço são boas pedidas para localizar sites referência para o setor.

Já estão disponíveis na internet sites de compras coletivas, descontos e promoções especialmente para elas, que são o público mais ativo de compras. Existem portais que unem as melhores ofertas de todos os sites em um só, possibilitando encontrar descontos de vários sites em apenas um, tudo direcionado para as mulheres.

Outra dica para economizar é usar e abusar das mídias sociais, como Facebook, Orkut, Foursquare e outras. O Twitter é um dos principais aliados de boas ofertas e a maioria dos estabelecimentos está ciente da grande porcentagem de compradoras disponíveis na rede. Assim, não desperdiçam conteúdo exclusivo para estas mídias.

A região de alcance da oferta deve ser considerada ao efetuar uma compra, pois algumas mulheres atravessam a cidade para estarem em clínicas de estética, lojas, restaurantes, spas, salões de beleza e outros locais provenientes de ofertas divulgadas pela internet.

Sites de e-commerce feminino já não são raros de encontrar. Estar atenta às informações postadas diariamente também é essencial para economia. Outra pista para as loucas por descontos é se cadastrar nestes sites para receber as melhores ofertas das páginas.

Períodos sazonais são grandes amigos para comprar mais barato na internet. Natal, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia dos Namorados e até mesmo Dia da Mulher são períodos extremamente propícios para encontrar boas ofertas. Em alguns casos, o pós-sazonal também pode ser muito interessante. Em janeiro, por exemplo, sempre há saldão e queimas de estoque com preços que ficam bem abaixo do normal. Não podemos esquecer as liquidações pontuais, que acontecem em dias não divulgados para surpreender, cativar e atrair consumidores.

As ferramentas estão disponíveis, agora é correr para frente do computador e conhecer o que há de melhor, fazer boas compras e principalmente economizar.

* Pedro Eugênio é sócio fundador do Loucas por Descontos, portal que reúne diversas ofertas dos principais portais de compra coletiva, clubes de descontos e promoções diversas disponíveis no ambiente online
www.loucaspordescontos.com.br

sexta-feira, 1 de abril de 2011

NOIVAS INVADEM MUNDO DAS COMPRAS COLETIVAS E GANHAM SITE NO PIAUÍ



A novidade foi criada há cerca de um mês e já ajuda a gerar economia em casamentos no Estado.
“Comecei com o site porque os outros grupos de compras coletivas não acreditavam na idéia”. É o que relata a empresária do setor de cerimonial, Fernanda Lopes. Com experiência de mais de 10 anos no mercado de eventos, a piauiense resolveu aposta na novidade de mercado e diz não se arrepender.

“Quando começamos com o http://www.galeriadanoiva.com.br/ sabíamos que as vendas não iriam ultrapassar a casa das centenas porque o nosso público é bem segmentado. Mas estamos satisfeitos com os resultados que estamos alcançando”, diz a empreendedora.

O site segue a risca a nova mania de compras coletivas. Em destaque estão produtos e serviços essenciais para as noivas com descontos que chegam até a 70%. O diferencial: deixar a oferta mais tempo em exibição para que o casal possa se planejar e fazer uma compra consciente.

Fonte: Cidadeverde.com

quinta-feira, 31 de março de 2011

SITES DE COMPRAS COLETIVAS INVADEM A MODA

Os sites de compras coletivas, que estouraram em 2010 e viraram mania entre os internautas, acabam de chegar à moda. Recém-lançados na rede, o www.meninasclub.com.br e o www.modait.com.br reúnem marcas bacanas de roupas e acessórios e bons descontos. Neles, você pode comprar, por exemplo, um voucher que dá direito a R$ 300 reais em compras em determinada loja pagando até menos da metade deste valor.

Eles seguem a mesma lógica do modelo de negócio das compras coletivas: vão oferecer oportunidades toda semana, com um descontos que pode chegar a até 60%, limitando o tempo de acesso para arrematá-las. Feita a compra, você imprime o seu voucher (que também tem validade limitada, variando entre um e dois meses) e segue até a loja para escolher as peças – todas da coleção do momento. Ou seja, você pode comprar a roupa da estação pagando um preço especial, sem ter que esperar por uma liquidação. Já passaram por esses endereços virtuais marcas como Maria Bonita Extra, Juliana Manzini, Vi and Co e Fernanda Shammas. “Nossas próximas parcerias serão com a CLB Store, Carol Arbex, Corso Brasil e Masqué, entre outras”, conta o empresário Caio Arruda Miranda, responsável pelo
www.modait.com.br.

Tanto o Meninas Club quanto o Moda It têm menos de um mês de vida. Mas já estão fazendo barulho por conta da maneira que escolheram para divulgação. Ambos se associaram à blogueiras de moda e são elas quem acabam passando o site adiante. “Com isso, a ideia é atingir um nicho de público bem específico”, diz Caio Braz, que toca, junto com a estilista Pitchu Santini, o
www.meninasclub.com.br . São também as blogueiras que os ajudam a fazer a curadoria das marcas escolhidas para entrar nos sites. “Elas sabem o que é bacana no momento e têm um público leitor que nos interessa, aquele que não está somente em busca de um desconto, mas também de conhecer novas marcas e que possa ser fidelizado por elas”, afirma Caio Miranda.

Em ambos os sites é possível ter uma ideia do que você vai encontrar nas lojas, já que eles disponibilizam vídeos com lookbooks e fotos das coleções atuais das marcas parceiras. Já na loja, com o voucher em mãos (que demora, em média, dois dias para ser disponibilizado), você passa a seguir a política de compra da marca escolhida. Pode até trocar a peça depois, se assim for permitido. Caso se arrependa da compra da oferta, os sites fazem o estorno da cobrança. Por enquanto, o
www.modait.com.br tem feito parcerias com marcas que têm endereço só em São Paulo, mas a ideia é alcançar em breve outras cidades do país. Já o www.meninasclub.com.br, embora ainda não divulgue as próximas marcas com as quais deve trabalhar, promete continuar indo além dos limites de São Paulo, como na parceria com a Maria Bonita Extra, que atingiu lojas em três estados.

Fonte: Marie Claire

UM ANO DE COMPRAS COLETIVAS NO BRASIL


Há exatamente um ano, o Peixe Urbano – o primeiro serviço de compras coletivas do Brasil – era anunciado ao público. O modelo de compras coletivas foi a grande novidade da Internet em 2010 e tomou o mundo de assalto. No Brasil, empresas como Peixe Urbano, ClickOn e Citybest ocuparam o espaço inicial. Enquanto isso, nos EUA o Groupon se tornava o foco das atenções (depois do Facebook, claro), sendo cortejado pelo Google, em um negócio que não se concretizou.

No final de 2010, o jogo ficou sério com a
entrada do Groupon no mercado brasileiro. Logo depois, no início de 2011, o ClickOn iniciou a sua expansão internacional, e o Peixe Urbano recebeu um aporte de capital que permitiu uma grande expansão de suas operações nacionais. E depois de desistir do Groupon, o Google lançou um novo serviço de compras coletivas, o Google Offers. Mas junto com tanto sucesso, há também alguns problemas que podem limitar o crescimento do negócio a longo prazo.

Problemas da Compra Coletiva
Ninguém pode discutir o sucesso dos derivados do Groupon, porém é evidente que pelo menos para os “early adopters“, o modelo já está se desgastando. Usuários reclamam principalmente de duas coisas: da forma de abordagem, através de correio eletrônico em massa (


O Futuro das Compras Coletivas
O modelo de compras coletivas ainda tem muito espaço para inovação. Uma de suas forças é trazer um pouco mais do mundo real para os negócios Web. As empresas de compra coletiva tem uma estrutura bem diferente de uma startup 100% virtual, pois dependem de força de venda local para levantar oportunidades em cada cidade atendida. Se por um lado isso complica a operação, por outro abre novas possibilidades de negócio.

Há também espaço para inovações técnicas, especialmente para melhorar a precisão de seu sistema de abordagem de clientes. A abordagem de email em massa pode ter sido apenas um passo necessário no começo do negócio, para ganhar volume, mas com massa suficiente de usuários, é possível começar a pensar em processos mais otimizados e inteligentes, e que também sejam menos cansativos para o usuário. A integração com outras ferramentas como Twitter e Facebook também já está sendo melhor explorada, mas ainda tem muito mais espaço para inovação.

Finalmente, o próprio perfil das ofertas ainda pode melhorar muito. Há um limite em quantos finais de semana em pousada uma pessoa possa contratar (e usar). Novos produtos e formas de promoção podem revitalizar o formato e ajudar a manutenção de sua expansão. Isso seria bom para todo mundo – afinal, quem não gosta de ganhar desconto?

Fonte: Readwriteweb
para não dizer spam), e da baixa relevância do mix de produtos ofertados.

O primeiro problema é consequência da dependência do email do usuário como canal de comunicação. O email é para muitas pessoas uma ferramenta de comunicação importante, que exige atenção concentrada para manter a caixa postal sob controle. Os emails diários de oferta – que inicialmente são muito bem vindos – aos poucos se tornam um problema. É possível que os serviços consigam inovar nesta frente, explorando mecanismos mais inteligentes de abordagem (o que já vem ocorrendo, como por exemplo através do apoio de mídia de massa, ou de tópicos de Twitter). Ainda existe muito espaço para inovação nesta frente.

Já o segundo é mais complicado, porque depende do comportamento dos usuários. Os serviços de compra coletiva se tornaram muito populares porque eles estimulam a compra por impulso, do tipo “oferta irresistível” (pacotes de viagem, tratamentos de beleza, vouchers de restaurantes, etc.). A fórmula é muito repetitiva, e traz vários problemas. Muita gente compra e não consegue usar no prazo ou nas condições indicadas (o que abre espaço para a venda de cupons de segunda mão, que são outro negócio derivado). Os produtos são supérfluos, o que amplifica a percepção de “spam” nas mensagens diárias. E finalmente, há os casos de compulsão, que trazem uma conotação negativa do produto como algo desnecessário ou até indesejável.

terça-feira, 29 de março de 2011

EMPRESAS TÊM PREJUÍZO COM SITES DE COMPRA COLETIVA

Com o apelo de atrair novos clientes, ofertas na internet podem ter efeito negativo se forem feitas sem planejamento


Naiana Oscar - O Estado de S.Paulo

Dona de uma pousada na cidade de Pirenópolis (GO), Marta Carvalho foi apresentada no fim de 2010 às maravilhas que um site de compra coletiva poderia proporcionar ao seu negócio. Teria a chance de vender centenas de diárias com desconto pela internet, atrair clientes, ocupar os quartos durante a semana e tornar a pousada conhecida sem investir um tostão em marketing. Fechou negócio na hora - antes de calcular os transtornos que poderia ter dali para frente.

Em uma semana, a promoção estava no ar: duas diárias com café da manhã pelo valor de uma. O desconto começou a ser divulgado à meia-noite de uma segunda-feira. Marta estava dormindo e só soube pela manhã, ao ser acordada por uma funcionária desesperada, que 600 pessoas haviam adquirido o cupom promocional no site de compra coletiva. A pousada tem apenas 12 apartamentos. "Entrei em pânico", lembra. "As pessoas começaram a ligar ao mesmo tempo e ficaram revoltadas quando viram que não podíamos atender."

Marta quase quebrou: teve de pedir o cancelamento da promoção e se certificar de que o site devolveria o dinheiro para todos os clientes. Foi obrigada a prestar contas ao Ministério Público e, após três meses, ainda convive com a implacável memória do Google - uma simples busca escancara a experiência desastrosa da empresária. "É um exemplo emblemático de que anunciar em sites de compra coletiva nem sempre é bom negócio", diz o consultor de empresas Adir Ribeiro. "Ao contrário, pode ser um verdadeiro tiro no pé."

O conceito de compra coletiva surgiu nos Estados Unidos, em 2008, e desembarcou no Brasil no início do ano passado. Os sites oferecem descontos em produtos e serviços que só serão válidos depois de atingirem um número mínimo de interessados. O modelo de negócio virou febre: já existem mais de mil sites como esses no Brasil.

Cautela. Não há dúvida entre consultores de marketing de que a compra coletiva pode realmente ser uma ferramenta de publicidade interessante para micro e pequenos empresários, que dificilmente reservariam parte do faturamento para investir em marca. "Eles pagam a publicidade com produtos e serviços", diz o consultor do Sebrae SP, João Abdalla Neto. "Mas é preciso ter cautela."

E fazer contas para responder perguntas básicas: quantos clientes a mais o estabelecimento é capaz de receber? Há funcionários suficientes para atender à demanda extra? Há linhas de telefone para agendar as reservas? Qual será o investimento?

Sim, porque, na prática, o empresário faz um investimento. A maioria dos sites de compra coletiva fica com mais de 50% do valor da oferta, que já está abaixo do preço normal. As empresas se sujeitam a receber um valor inferior ao de custo para ganhar publicidade no mailing dos sites de compra coletiva e ganhar novos consumidores.

Sem planejamento e eficiência, no entanto, o empresário pode ser surpreendido pelo efeito contrário, perdendo fregueses de longa data. Foi o que aconteceu com o Big X Picanha, responsável pela maior promoção já realizada no Brasil por um site de compra coletiva.

A rede de fast-food vendeu 30 mil cupons em menos de um dia: um sanduíche, com petit gateau, de R$ 26,90 por R$ 7,90. "Fizemos reuniões de emergência com gerentes, contratamos temporários, mas não foi suficiente", disse o diretor de marketing da rede, Hélio José Poli.

Em algumas unidades, o tempo de espera para sentar chegou a duas horas. Em outras, faltou ingrediente para o preparo da sobremesa. A empresa teve de planejar uma ação para reconquistar clientes insatisfeitos. Apesar dos transtornos, Poli diz que o resultado final foi positivo. A rede já está pensando numa nova oferta, com uma estratégia diferente da primeira. Essa terá pré-reservas para dias de menor movimento e será feita só com produtos que sejam especialidade da casa (o petit gateau não era).
Fonte: Estadao

domingo, 27 de março de 2011

O "GANHAR SEMPRE" DOS SITES DE COMPRAS COLETIVAS


Há um aspecto da compra coletiva na web que intriga a psicologia. "A primeira associação que me ocorre é um aspecto na navegação que, de modo geral, gera certa condição psíquica diferente de quando está se fazendo uma compra presencial, algo muito próximo da condição onírica, de um certo estado alterado de consciência", explica a professora Rosa Maria Farah, coordenadora do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática (NPPI) da Puc de São Paulo.

Ao ver um anúncio de desconto nos sites de compra coletiva, o internauta, na avaliação da psicóloga, pode se sentir como se estivesse usando determinado produto e serviço e é fisgado pela urgência da promoção.

"É como se a minha censura e capacidade de análise fossem rebaixadas e eu ficasse à mercê dessa condição, em que o internauta mergulha nesse universo paralelo."

Muitas vezes a reação às ofertas muito lembra as armadilhas dos spams mal intencionados, que contém vírus de programação. "É um impulso para se obter vantagens. É tirar vantagem, seja o que for, numa tendência de se aproveitar da situação."

Fonte: O diário.com

sábado, 26 de março de 2011

ARROGANCIA E PREPOTÊNCIA DIFICULTAM RELAÇÕES AFETIVAS


por Francine Moreno

Falar sobre prepotência e arrogância é embaraçoso. Comportamentos considerados negativos, infelizmente ainda estão muito ativos. Allan Kardec disse certa vez que “tais características são chagas espirituais ligadas ao orgulho, mas passíveis da cura libertadora no caso de se querer estabelecer sob as promessas da palavra e do exemplo de Jesus”. O que confirma o valor e poder das palavras. Ao explicar os dois comportamentos, especialistas afirmam que é comum confundi-los, pois ambos estão entrelaçados e ligados a outros sentimentos também negativos, como a vaidade. “Em ambos, o indivíduo acaba por ter um difícil relacionamento interpessoal, pois apresenta tanto apego às suas convicções que acaba por perder o senso da realidade, mantendo uma postura imponente, com negação de sentimentos, desprezo aos esforços alheios, e afinal, sente-se sempre auto-suficiente nas suas decisões”, afirma a psicóloga clínica Claudia Ribeiro Rodrigues.

Mas antes de pensar o que seria uma pessoa arrogante ou prepotente é fundamental dizer que estas definições dão algumas pistas de como uma pessoa não deve se comportar e a origem errada destes padrões. Para a psicologia, quando se fala em arrogância e prepotência deve-se pensar no conjunto de reações que define como tal. “Assim, é possível focar nosso olhar no processo pelo qual a pessoa passa, entendendo a importância de que se considere estas atitudes pelos seus resultados”, afirma Fernando Cassas, psicólogo do Núcleo Paradigma, mestre em psicologia pela PUC/SP e professor da Faculdade FTS. Para entender melhor o efeito dos atos, Cassas explica que a prepotência se refere a uma pessoa que conta vantagem daquilo que possui, que conta características suas de uma maneira exacerbada, e fala sempre para as pessoas das suas conquistas e vitórias. Já a arrogância está ligada a alguém que se comporta de uma forma autoritária e despótica. “Uma pessoa que abusa da situação na qual está inserida de maneira a criar uma relação de inimizade com as pessoas ao seu redor”, diz Cassas.

Em muitos casos, as duas formas podem coexistir na mesma pessoa. O que diferencia é a questão do poder. Há pessoas arrogantes que não são necessariamente prepotentes, não tentam impor ao outro sua maneira de ser ou de agir, nem regra alguma, porque não têm poder na relação. “Ambas podem ter a ver, no fundo, com um sentimento de que não se é tão bom assim como pessoa, apesar das aparências serem ao contrário. Enfim, pode ser uma atitude defensiva que, no fundo, esconde um grande complexo de inferioridade”, explica Thays Babo, psicóloga clínica, mestre em psicologia pela PUC-Rio e pós-graduanda em psicologia junguiana pelo IBMR. Mas você pode se perguntar: Por que algumas pessoas escolhem tais características e comportamentos? A psicóloga Thays afirma que nem sempre é uma escolha consciente. Muitas vezes é um padrão familiar, que se relaciona assim com o mundo, e a pessoa copiou porque funcionava. Pode também estar relacionado com a impressão de ser superior aos demais. “Nem sempre estará ligado à capacidade econômica, pode ser uma arrogância intelectual ou estética”, afirma.

Thays explica também que decididamente, não é uma escolha saudável, e pode, na verdade, ser uma maneira de defesa, no fundo, nem acreditando que seja melhor do que os demais, mas funciona como uma couraça para que seja inatingível e não entre em contato com sua própria inferioridade. “Muitas vezes, a pessoa tem ganhos secundários, a curto prazo, com este modo de ser e segue assim, enquanto não for ameaçada.” Baseada nestas informações, a psicóloga Claudia Rodrigues faz um alerta: “Tanto a arrogância como a prepotência são consideradas defesas para camuflar uma insegurança, mas ao sentir-se mais seguro, essas defesas se diluem.”

Mudança de comportamento aflora felicidade
O problema maior de ser prepotente ou arrogante são as conseqüências causadas na estrutura emocional. “Essas pessoas acabam por desenvolver um sofrimento mental devido à busca incessante, sempre tentando superar seus limites, exigindo de si mais do que conseguem e sentindo-se responsáveis por todo bem que se fazem”, explica a psicóloga Claudia Rodrigues. Para uma mudança gradual e sem medos, é preciso entender que ambos comportamentos são difíceis de combater no outro. Em si mesmo, precisa de consciência e vontade do indivíduo, que deve detectar isto em si e querer investigar as causas, o que o levou a assumir estes traços, o que ganha e o que perde com isto. “Se chegar a fazer uma psicoterapia, seja pela queixa que for, ao longo do processo, quem atende percebe e pode trabalhar como isto se dá nas relações que estabelece no mundo e quais são as conseqüências”, afirma a psicóloga Thays Babo.

Thays afirma que todas as abordagens da psicologia podem tratar estes traços, ainda que usando técnicas diferentes. Ser feliz também é questão de escolha: pode-se optar por continuar feliz na inconsciência (ainda que seja uma felicidade ‘fake’). Entretanto, serão mais felizes, autenticamente, se combaterem estas características em si, e a psicoterapia ajuda a clarificar, apesar de ser um processo que pode ser doloroso, inicialmente. “Afinal, os relacionamentos são revistos com uma outra luz e coisas que não estavam perceptíveis vão aflorar. Mas a médio e longo prazos os relacionamentos ganham qualidade e autenticidade.”

SAIBA MAIS:



:: Arrogância é uma característica negativa relacionada à presunção e ao orgulho. Uma pessoa arrogante incomoda e humilha aqueles com quem se relaciona

:: Prepotência remete à potência, ou seja, ao poder, e está ligada a uma questão hierárquica ou econômica

:: A pessoa prepotente abusa do poder que tem, seja na esfera que for, ou da autoridade que exerce, ainda que temporariamente. Alguns sinônimos seriam tirânico e despótico

:: Por meio das técnicas psicoterápicas, os psicólogos podem auxiliar as pessoas a enfrentarem o que as incomoda, tornando o convívio social mais saudável para elas e a sociedade que as acolhe

Fonte - Claudia Ribeiro Rodrigues, psicóloga